A História do Cobogó

O nome cobogó surgiu da junção da sigla de três engenheiros pernambucanos que o idealizaram: engenheiros pernambucanos Amadeu Oliveira Coimbra (CO), Ernest A. Boekman (BO) e Antônio de Góis (GÓ). A junção das sílabas iniciais dos sobrenomes dos fabricantes deu origem à palavra.

Cobogó é o nome pelo qual foi batizado nos elementos vazados que cobrem grande parte das fachadas desses imóveis, popularmente chamados de cobogós ou combogós.

Presta-se principalmente para evitar o superaquecimento do ambiente iluminado, permitindo a passagem da luz e da ventilação.

Os cobogós ou combogós são de grande utilidade na região nordestina, pois contribuem para ventilar o ambiente, sem interferir na segurança da edificação. Além disso, é um recurso arquitetônico que serve para amenizar o excesso de iluminação e criar um bloqueio visual filtrado, como diz o arquiteto Zildo Caldas.

Segundo o arquiteto, a primeira aplicação dos cobogós ou combogós foi feita na Caixa D"Água de Olinda, localizada no Alto da Sé, logo após a fabricação do produto. Depois ficaram famosos os cobogós dos prédios do Sport Club Recife, prédio sede da Sudene e do edifício Holiday em Boa Viagem, Recife.

Hoje, os elementos vazados são largamente utilizados nas construções e arquitetos se dedicam a conceber novos modelos, alguns bastante sofisticados e funcionais, inclusive evitando a entrada de chuvas no imóvel, sem prejudicar a ventilação.

Zildo Caldas acredita que a ideia dos combogós está associada à arquitetura mourisca, do norte da África, com suas esquadrias e paredes vazadas.

Inicialmente feito com cimento, o cobogó passou depois a ser construído com outros materiais: argila, vidro, cerâmica etc.

Fontes
Jornal do Commercio, Recife.
Wikipédia

Imagens: Referans Design Blog